Sulistas preferem se separar do Brasil
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Gesul (Grupo de Estudos Sul Livre) indica que os índices de aprovação da proposta de criação de um novo país, envolvendo os três estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tem ampla aprovação por parte da população dos 48 maiores municípios com mais de 100 mil habitantes da região Sul.
Segundo os dados divulgados pela entidade, com sede em Brusque e coordenada pelo Jornalista e Professor Celso Deucher, a pesquisa ouviu 19.552 eleitores entre os dias 19 de novembro e 15 de dezembro e concluiu que 53,85% aprovam a criação de um novo país, contra 30,16% que reprovam a proposta, sendo que 15,99% dos entrevistados confessaram-se indeciso.
"Nos três Estados a proposta separatista vence com larga margem em relação aos que são contra e mesmo no Paraná, onde os índices são menores, se houvesse um plebiscito, venceria com mais de 13% de margem. Surpreende os números do Rio Grande do Sul, que de acordo com pesquisas sempre se manteve numa média de aprovação em torno de 55%. Esta última pesquisa mostra que a aprovação a proposta separatista vem num crescendo, chegando em 2012 a mais de 60%", explica Celso Deucher, que acompanhou a coleta dos dados e divulgou oficialmente os números em nome do Gesul, do qual é Secretário Geral.
Segundo ele, das 48 cidades pesquisadas, a proposta só perderia por pequena margem em quatro delas. Três no Paraná, no caso Curitiba, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu; e uma em Santa Catarina, Palhoça. No Estado do Rio Grande do Sul, a ideia é vencedora em todas as 18 cidades pesquisadas.
Celso Deucher assinala ainda que é a primeira vez na história da região Sul do Brasil que uma pesquisa envolvendo o tema, alcançou tantas pessoas em tantos municípios. O Gesul realiza pesquisas deste tipo desde o ano 2000, quando foi criado em Brusque, SC, mas o monitoramente da proposta através dos números começou em 1991, quando foram divulgados pela Revista "Isto É", os primeiros levantamentos, feitos pelo Ibope e pelo Instituto Bonilha.
O Movimento O Sul é o Meu País é uma entidade legalmente constituída em 2002, funcionando como uma ONG de defesa do direito de Autodeterminação dos Povos, previsto na Carta de Direitos Humanos da ONU e nos vários documentos oficiais do direito internacional. A entidade está presente, segundo Deucher, em 865 municípios da região Sul e possui hoje representação internacional em mais de 20 países.
Colaboração: Alain Rezini